Caixinha das Memórias é um cantinho de pensamentos, desabafos, algumas citações pessoais, poemas...que diariamente tentarei colocar ao dispor do leitor que por aqui passar. Espero que este cantinho também possa ser o seu! ;)
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quinta-feira, 10 de maio de 2012
Férias
Digo-te "adeus" - trabalho (por um período limitado) - que me prendes deliciosamente no dia-a-dia, digo "olá" à saudade que começa a aparecer, à medida que o dia da partida se aproxima, das pessoas que deixo por cá.
Odeio partidas, são sempre tão tristes as despedidas, com a lágrima no canto do olho e um nó na garganta a sufocar as últimas palavras, que mesmo engasgadas vão sendo ditas a sorrir, deixam-me aflita por não ficar.
Inquieta-me a mente, pensar que possa acontecer algo na minha ausência, cuja minha presença pudesse fazer a diferença e isso impede que me mantenha tranquila e confiante na viagem.
A preocupação instala-se ao lado da preguiça em fazer a mala, que mais tarde ou mais cedo, acabará por ser feita.
Fica a promessa de um regresso breve, acompanhado de boa-disposição, já habitual em mim, quiçá uma fatia de bolo, novidades e uma dose de energia totalmente renovada para arregaçar as mangas e trabalhar.
P.S: Um especial agradecimento a todos aqueles que me proporcionaram estes dias e aos que ficarão (atolados de trabalho) para que as minhas férias possam acontecer. Obrigada!
I Will Never Forget It!!!
Cristina Espalha
10.Maio.2012
Atracção
Ai, ai, ai que vontade louca e desenfreada ando tímidamente a controlar,
essa vontade de te agarrar, encostar-te à parede,
lançar-te o meu olhar mais sensual e beijar-te.
Um beijo longo/demorado, com tudo o que se possa imaginar.
Será que resistias? Ou será que te rendias ao calor voráz do meu peito amassado em ti?
Imagino a tua respiração ofegante de quem não consegue controlar a situação, os teus braços querendo afastar-me como se afasta o fruto proibido, mas ao mesmo tempo querendo ter a força para ceder, puxando-me para ti.
Dá-me o prazer de te manteres inerte, para que possa finalmente saborear-te.
Quero saber a que sabe o teu corpo, sentir o teu cheiro, se beijas como um animal selvagem...ou se essa tua pose perante tudo e todos é apenas reflexo da tua meiguice natural.
Gosto do teu olhar. Gosto do teu sorrir. Atrais-me!
Cristina Espalha
09.Maio.2012
Incerteza
Por momentos deixo, de te ouvir e abstraío-me.
A tua voz continua a perpetuar e a ressoar nos meus tímpanos, mas estou longe.
As palavras entram e andam por lá a dançar, parecem crianças tontas, aos pulos.
Os meus pensamentos esvoaçam à medida que olho para ti...e perco-me a pensar se haverá mais caminho a seguir ou se já cheguei ao término da linha que nos conduz.
Penso, penso e torno a pensar enquanto o meu olhar fixou o teu.
Sucinta a minha resposta: Não sei...
As ambições/desejos são tão díspares, que racionalmente aceno com a cabeça afirmativamente - eis chegado The End, mas o coração atraiçoa-me pelas costas - a minha verdadeira fraqueza - e o teu olhar catito, piscam-me o olho e dizem-me: continua.
Estaremos então, perante uma fase de turbulências(?), Condenados à despedida ou ainda temos muita coisa p'ra ser vivida??
Cristina Espalha
08.Maio.2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Deus
Oh Deus, ser celestial
abarca-me em teus braços calorosos, aconchega-me
dá-me um pouco do teu colo tranquilizante, onde me deito sem malícia
coloca sobre mim essas tuas mãos sagradas, que me protegem de todo o mal,
e abençoa-me com o teu imenso Amor.
Dai-me um porto seguro onde possa repousar
e recarregar energias,
não me deixes agonizante
quer seja noite ou dia.
Ajudai-me a seguir o melhor caminho
no meio de tantos cruzamentos que tem a vida,
e nunca me deixes sozinha
com os meus pensamentos.
Cristina Espalha
04.Maio.2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
"Folha Seca"
"Folha seca, desprezada,
Em turbilhão vagabundo,
Vôas leve, descuidada
- Coisa vaga pelo mundo.
E ressaltas sem um queixume,
Num virote, desgarrada.
Folha seca, inútil coisa,
Arrastada, amarfanhada!
És fugaz como o amor,
Passageira como a vida,
Corres louca, desvairada,
Sem parança nem guarida.
Folha seca, peregrina,
És como o ciclo da vida,
Cumprindo efémero destino.
Oh, eterna ilusão perdida!
Folha seca sem esperança
Pelo vento agreste levada,
Ao acaso, sem destino,
És minh'alma amargurada."
De Mário Furtado
in Corpo Pervertido
em mágoa pura
O Amanhã
É difícil abstraír-nos do poder que a tristeza tem sobre nós quando fechamos a porta e lá fora deixamos o Mundo que desconhece a nossa outra face.
A porta fechou-se e cá dentro, rodeada de paredes brancas, vazias, que nada dizem, apenas ouvem...
...e que por momentos parecem amistosas, por outros autênticos carrascos, descarrego a dor que me acompanha, tiro a máscara que todos conhecem e a que todos lhes apráz vivamente.
Choro como uma criança pequena, emociono-me ouvindo música, pensando no que partiu, no que deixou de ser, no que talvez não regresse.
O tempo passa a uma velocidade estonteante, a idade aumenta, e, comigo permanece o "dom" de tentar chegar a todos, e a todos de alguma forma ajudar, mas tenho pena que "esse dom" não tenha poderes mágicos e cicatrizantes em mim.
E depois de me distraír ao tentar afastar estes fantasmas reais, aqui escrevendo, deito à noite, a cabeça no travesseiro e digo p'ra mim mesma, amanhã será outro dia, poderá ser amanhã - o AMANHÃ que tanto espero - e fecho os olhos e apago as lágrimas que chorei!
Cristina Espalha
03.Maio.2012
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