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terça-feira, 31 de julho de 2012

Arrependimento



Arrependo-me da boa pessoa que sou, e por vezes do bem que faço, para quem não o merece.
Infelizmente só me apercebo disto, tardiamente, depois de ter dispendido o meu precioso tempo e ter dado o melhor de mim, em vão.
De nada me servem palavras de consolo, ou de pura cortesia, quando observo os gestos, as atitudes demasiado desprendidas, denunciando a insignificância da minha boa vontade.
O meu corpo treme, evidência o nervosismo que me consome naquele momento e contenho as lágrimas, mordo a língua prepositadamente para não proferir o que se encontra engasgado na minha garganta, que nem sobe, nem desce, mas incomoda.
Não consigo olhar, e enquanto não digerir cinismos e hipócrisias, tudo coisas que abomino, é preferível continuar sem falar.

Cristina Espalha
31.Julho.2012

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Disparates - By Myself - Part I


Numa onda de partilha tanto pela tristeza, como pela alegria, deixo-vos aqui alguns dos meus disparates proferidos sem pensar, para que possam igualmente dar uma valente risada (eu fui a primeira a dar):


"Está-me a sair o pé" - Quando deveria ser "(...) o chinelo"

"O xixi está-me a fazer pressão no estômago" - Quando deveria ser "(...) na bexiga"

"Não posso ver baralhas á minha frente" - Quando deveria ser "(...) baratas..."

"É stressamente proibido!" - Quando deveria ser "É expressamente..."

"Não grites aos meus ofícios, aos meus ofícios não" - Quando deveria ser "(...) ouvidos"

"A mulher puxou o cão para a árvore para ele cantar" - Quando deveria ser "(...) para ele cagar"

"Se beber esse chá e me encher os pés já sabes o que foi" - Quando deveria ser "(...)inchar os pés..."

"Eu só tenho um leurónio louro" - Quando deveria ser "(...) neurónio louro"

"Ainda vou ficar com um torcicolo neste pescoço" - Quando deveria ser "(...) torcicolo no pescoço"

"Eles não têm tropeçário" - Quando deveria ser "(...) preçário"


Cristina Espalha
30.Julho.2012

Passos e Compassos da Solidão


Passeio sem destino, ouvindo apenas os meus passos, pé ante pé, sozinha...
Sozinha e sem hora para voltar.
Ando por lugares incertos, buscando respostas às perguntas que a vida me coloca.
Certos são os compassos de tempo, que passam tão depressa que não nos apercebemos...e tão devagar quando olhamos para eles à espera que corram...
Maldito silêncio que me mata por dentro.
Maldita solidão que me corrói, fere e molda em mim, um sentimento de amargura, revolta 
e me impede de gritar, por muito que queira, esta dor calar!


Cristina Espalha
30.Julho.2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Fuga


Fujo.
Porque foges?
Tenho medo.
Porque tens medo?
A vida é uma mera passagem térrea,
então... passemo-la juntos,
enquanto as nossas almas não se dispersam no Cosmos.
Coloquemos os corações ao alto
e saltemos para a aventura!


Cristina Espalha
13.Julho.2012