Arrependo-me da boa pessoa que sou, e por vezes do bem que faço, para quem não o merece.
Infelizmente só me apercebo disto, tardiamente, depois de ter dispendido o meu precioso tempo e ter dado o melhor de mim, em vão.
De nada me servem palavras de consolo, ou de pura cortesia, quando observo os gestos, as atitudes demasiado desprendidas, denunciando a insignificância da minha boa vontade.
O meu corpo treme, evidência o nervosismo que me consome naquele momento e contenho as lágrimas, mordo a língua prepositadamente para não proferir o que se encontra engasgado na minha garganta, que nem sobe, nem desce, mas incomoda.
Não consigo olhar, e enquanto não digerir cinismos e hipócrisias, tudo coisas que abomino, é preferível continuar sem falar.
Cristina Espalha
31.Julho.2012
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