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sábado, 13 de outubro de 2012

06 de Outubro


Fugi de Lisboa,
mas não de ti.
A minha tensão nervosa, característica em viagens, principalmente nocturnas, desapareceu no momento em que comecei a falar de ti, e a viagem tornou-se mais suportável, mais leve, só mais tarde me apercebi que o fiz, no mesmo dia que, á 10 anos atrás te dizia Adeus. (Curioso)
Pior que esse dia, só mesmo o dia a seguir, quando punhados de terra, deitaram por terra, a minha já escassa esperança de que não te tivessem vindo buscar, tão cedo.
Prometi-te tantas vezes, que me virias casar, que conhecerias os meus filhos antes do teu olhar se fechar, mas a tua hora chegou e eu não estava por cá para não te deixar ir.
Graças à minha teimosia, que tão bem conheces, não te deixo ir (agora), não te esqueço, perdoa-me e ajuda-me a gozar da dádiva do perdão em mim mesma.
Ainda não me casei, nem tenho rebentos, mas serás sempre a primeira a saber, prometo!



Cristina Espalha
12.Outubro.2012

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