É difícil viver-se no meio de tantos vazios que vão preenchendo aquilo que rotulo de vida.
Foram muitas as vezes que achei que a minha postura poderia fazer a diferença, a minha presença era o bastante, hoje deixei de parte essa fé, que ainda transpirava.
As minhas palavras são ocas, para quem deveriam ser a ponte de salvação.
Como se consegue viver assim, no epicentro de um tornado que destrói tudo e todos, sabermos que precisamos fugir e mesmo assim, ficamos inertes, adormecidos à espera de um fim, seja ele qual for, desde que faça com que tudo termine, tudo deixe de "atormentar"?!
Não sei o que faça, não sei o que diga, não sei se vou a tempo ou sequer, que valha a pena.
Preocupa-me a decadência humana, e mais ainda, assusta-me o futuro desta humanidade.
Cristina Espalha
14.Novembro.2012