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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Não sei...viver assim!


É difícil viver-se no meio de tantos vazios que vão preenchendo aquilo que rotulo de vida.
Foram muitas as vezes que achei que a minha postura poderia fazer a diferença, a minha presença era o bastante, hoje deixei de parte essa fé, que ainda transpirava.
As minhas palavras são ocas, para quem deveriam ser a ponte de salvação.
Como se consegue viver assim, no epicentro de um tornado que destrói tudo e todos, sabermos que precisamos fugir e mesmo assim, ficamos inertes, adormecidos à espera de um fim, seja ele qual for, desde que faça com que tudo termine, tudo deixe de "atormentar"?!
Não sei o que faça, não sei o que diga, não sei se vou a tempo ou sequer, que valha a pena.
Preocupa-me a decadência humana, e mais ainda, assusta-me o futuro desta humanidade.


Cristina Espalha
14.Novembro.2012

A tua Chegada...


A chuva cai.
Queria tanto sentir o bater do teu coração dentro de mim, dizer que me pertences a cada batida, que és parte do meu todo, o todo que me completa como mulher...mas não te tenho, não estás aqui.
E a chuva lá fora não pára de cair ressoando em mim a vontade, o desejo de irmã, mãe e mulher...
Aguardo com ansiedade a tua chegada, como quem aguarda a vinda do marido pescador em tempo de tempestade, maré alta...
Não foste para voltar, mas vem, estou aqui!


Cristina Espalha
12.Novembro.2012

sábado, 13 de outubro de 2012

Rabiscos


Rabisco a muito custo, quase num acto auto-imposto, para me impedir de cair na desistência.
Assim foi o mês de Setembro, nada escrevi e podia ter escrito tanta coisa, mas o tempo foi curto, a paciência também e as palavras não sairam.
Talvéz também elas tenham pressentido a chegada da época mais 'down' do ano.
Há mais de uma semana que não pinto as unhas, e continuo sem vontade de o fazer.
Foi bom recordar o entusiasmo e a dedicação com que preenchia o meu tempo a tratar delas, depois de ter finalmente deixado o vício de as roer, por hora deixei-as ao natural, longe das cores vivas e alegres do Verão, que orgulhosamente as mostrava no acto de vaidade da minha parte, a quem quer que passasse por mim.
Quase me atrevo a dizer que actualmente encontro-me à espera de algo bom e positivo na minha vida, que me provoque uma explosão de boa-disposição e alegria, um sorriso no olhar sem precisar gesticular a boca.
Tenho na ideia, umas quantas coisas que poderiam eventualmente preencher esses requisitos, mas se tudo fosse assim tão fácil, perderia a "graça" da dificuldade na conquista e isso tornar-se-ia banal.
Mesmo estando num registo mais intro, sério do que o habitual, vou fazendo coisas de que gosto, uns naprôns aqui, umas quiches ali, uns bolos acolá, e o meu porquinho mealheiro que se encontra lá longe, na prateleira é que vai ficando mais satisfeito ao ver o volume do seu perímetro abdominal mais saliente.
Tentar não custa, mas por cá andarei, eu e as minhas letras, sempre que o meu coração assim o queira e as mãos me deixem transmitir as mensagens que ouvem para o papel.
Como costumo dizer: In Té...

Cristina Espalha
12.Outubro.2012

06 de Outubro


Fugi de Lisboa,
mas não de ti.
A minha tensão nervosa, característica em viagens, principalmente nocturnas, desapareceu no momento em que comecei a falar de ti, e a viagem tornou-se mais suportável, mais leve, só mais tarde me apercebi que o fiz, no mesmo dia que, á 10 anos atrás te dizia Adeus. (Curioso)
Pior que esse dia, só mesmo o dia a seguir, quando punhados de terra, deitaram por terra, a minha já escassa esperança de que não te tivessem vindo buscar, tão cedo.
Prometi-te tantas vezes, que me virias casar, que conhecerias os meus filhos antes do teu olhar se fechar, mas a tua hora chegou e eu não estava por cá para não te deixar ir.
Graças à minha teimosia, que tão bem conheces, não te deixo ir (agora), não te esqueço, perdoa-me e ajuda-me a gozar da dádiva do perdão em mim mesma.
Ainda não me casei, nem tenho rebentos, mas serás sempre a primeira a saber, prometo!



Cristina Espalha
12.Outubro.2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Frases ditas por Célebres - Part XIX



"A arte de agradar muitas vezes encobre a arte de enganar"
----------Máxima Hassídica (Textos Judaicos)----------


"Nunca falar de si mesmo aos outros, e falar-lhes sempre deles mesmos, é a essência da arte de agradar. Cada um o sabe e todos o esquecem."
----------Jules Goncourt----------


"Amor e ódio são os dois mais poderosos afectos da vontade humana."
----------António Vieira----------


"O que é acaso em relação aos homens é desígnio em relação a Deus."
----------Jacques Bossuet----------


"Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar; após a filosofia a acção é indispensável."
----------Victor Hugo----------


"Não há coisa que mais nos engane do que o nosso juízo."
----------Leonardo da Vince----------


"É comprida a estrada que vai desde a intenção até à execução."
----------Molière----------


"Ao menos uma vez por dia deve-se ouvir uma pequena canção, ler um poema bem escrito, olhar para um belo quadro e, se possível, dizer algumas palavras sensatas e compreensivas."
----------Goethe----------


"Assim como a semente traça a forma e o destino da árvore, os teus próprios desejos - bons ou maus - é que te configuram a vida."
----------Emmanuel----------


"A infelicidade é a nossa maior mestre e amiga. É a que nos ensina o sentido da vida."
----------Anatole France----------


"Quando apontares com um dedo, lembra-te de que os outros três dedos apontam para ti."
----------Provérbio inglês----------


"As figuras imaginárias têm mais relevo e verdade que as reais."
----------Fernando Pessoa----------


Cristina Espalha
24.Agosto.2012

Disparates - By Myself - Part II


Continuando a onda de partilha tanto pela tristeza, como pela alegria, deixo-vos aqui a última parte de alguns dos meus disparates proferidos sem pensar:


"Foi o vento que me levantou o rabo" - Quando deveria ter sido "(...) levantou o vestido"


"A cabeça (do Peixe) é boa porque tem ossos para chupar" - Quando deveria ter sido "(...) porque tem espinhas para chupar"


"Estou a fazar o que me pediste" - Quando deveria ser "...fazer..."


"O chinelo é aquela coisa que se mete com o pé no dedo" (Sem comentários possíveis)


"Estou a ficar sem pouca bateria no telemóvel" - Quando deveria ser "...com pouca bateria..."


"Ontem vi um pombinho bebé ainda com poucas asas" - Quando deveria ser "(...) com poucas penas"


"Já viste a trombada de água que está a cair?" - Quando deveria ser "...tromba de água..."


"Isso não está correcto, está só errado" (Sem comentários)



Cristina Espalha
24.Agosto.2012

"Troca de Saudades"


Escrevo-te no silêncio porque sei que me ouves,
nestes escassos minutos de pausa, em que o tempo parou só para mim,
para te dizer que a saudade aperta, de ti.
Sinto-me vestida com um espartilho sem o ter,
a respiração torna-se limitada e preciosa...
...preciosa demais para se desperdiçar em vão.
Vem soltar-te comigo, beber um café na sombrinha,
sentir o paladar e a quentura desta "especiaria" arábica,
contrariando a frescura da aragem, na esplanada, repousando.
Troquemos palavras sem trocar ou falar
imaginemos coisas e façamo-las, só com o olhar.
Vem!!
Vem encher-me o rosto de jovialidade
nutrir com as proteínas do amor,
a dieta que se me impõe (diariamente)
fita-me com sensualidade
cada centímetro do meu corpo
e leve, levemente
toma-o como teu, enrolado em lençóis de seda
só tu e eu - os dois - ao luar.


Cristina Espalha
24.Agosto.2012