A Lua que é grandiosa e bela
vê lá de cima do poleiro
toda uma cidade cheia de histórias e encantos,
entre príncipes e princesas, cavalos e cavaleiros,
Entre castelos e muralhas escondidas,
O Terreiro do Paço...
São pequenos pormenores perdidos
no tempo e no espaço.
Chamam-te Olíssipo nos primórdios da tua fundação,
eras rodeada por sete colinas
e beijada por um rio que te pega pela mão.
Hoje os castelos são prédios
tapando o azul do céu,
as muralhas, os pequenos jardins.
E à medida que o tempo pula e avança,
vai-se apagando com a borracha da industrialização
o ideal de beleza,
constrói-se tédios
aqui, ali e acolá
e o Povo Português pega no terço e reza
Para ver no que isto dá.
A Pobreza já é tanta,
a Fome mais que muita,
o dinheiro foge
e a política continua.
Lisboa Ideal,
só aquela dos meus sonhos,
onde não há diferenças
nem discriminações,
onde tudo é puro, limpo e imaculado,
sem distúrbios, perseguições ou poluições,
com uma arquitectura moderna e arrojada,
diferente da antiga e rústica,
o importante é ser sempre funcional,
onde em cada gesto, em cada olhar,
em cada palavra, nos deixe a alma silenciada e fascinada.
Que o conjunção do sentido de beleza, acessibilidade e perfeição,
andem sempre de mãos dadas e nunca se percam
nas ondas do mar,
porque Lisboa antiga, nova ou futura,
será sempre a rainha deste nosso Portugal!
Pode ser tua,
pode ser minha,
mas será sempre a nossa capital...
Cristina Espalha
21 e 22.Abril.2007
(em parceria com João Martins)
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