Sinto em mim o calejar da dor crustada, no corpo semi-nú e ao relento...olhando o teu retrato apodrecido e gasto pelo tempo, que enfeitiça e penetra o meu olhar terno, mas entristecido pela tua ausência.
Anseio tocar-te a carne pecaminosa, pela qual rezo todos as noites, por entre Pai-Nossos e Avé-Marias.
Desejo beber da tua sede, o néctar da tua virilidade...simultaneamente, ao afago das tuas mãos no meu peito descaído e enrugado de tanto esperar pelo teu regresso.
A Guerra matou-me por dentro, quando te levou para longe de mim, na defesa de uma Pátria já perdida.
Partiste para não voltar, eu morri para te reencontrar.
24.Agosto.2010
Cristina Espalha
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