Nos trilhos do caminho férreo, no regresso a casa, vagueiam os meus pensamentos mais íntimos, as saudades do tempo de criança, das brincadeiras, do sorrir...Não sabia eu...o quanto era feliz! Pobre inocente e ingénua que eu era...
Os anos passam, os desejos voam, as certezas passam a ser incertas e acabo a pensar que a vida foge-me dos dedos à medida que o comboio avança de estação em estação, até ao seu destino.
Há conhecidos que se tornam amigos e amigos que se tornam em perfeitos desconhecidos, momentos...que o tempo não tráz de volta.
Com a idade a pesar e a quantidade de amor ainda armazenada para dar, sofro em silêncio, a cada dia que passa.
Não sei para onde vou, acompanhada ou sozinha, nem o que irei fazer...
Resta-me apenas esperar pelo anoitecer, para dormir e esquecer
tudo o que me fez e faz sofrer.
23.Setembro.2008
Cristina Espalha
Cristina Espalha
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