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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Esforço em Vão

As lágrimas por meu rosto entristecido escorriam como se de uma cascata se tratasse, ainda no romper da manhã...Ouvira palavras de uma argúcia dureza que me ferira o coração trespassando-o por uma lança.

Oh que mal fizera eu?! Porque me haveria de prostrar perante aquele olhar informaticamente contaminado, e simultaneamente ingrato?

O sono abandonara o meu corpo e apenas o pesar dos meus olhos se mantinha, a picar o ponto, num relógio laboral.
Não me saía da mente a iniquidade de que tinha sido vítima. Mais uma vez, os meus esforços foram anulados, vi o cartão vermelho e o silêncio instalou-se, não como uma manobra de diversão, mas como recurso, evitando assim, mais um tormentoso confronto.

Não haviam mais palavras, apenas lágrimas, lágrimas que falavam por mim...esgotei-as quando me deleitei naquele ombro, onde me esvaí de desabafos emaranhados e amachucados ao longo do tempo, no meu interior.

Sentia por fim, uma leveza, um sossego, as lágrimas secaram, o sono não voltou, mas a minha alma adormeceu secretamente junto de quem mais sinto falta, de quem já aqui não está...



Cristina Espalha
17.Janeiro.2011 

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