Sinto um enorme vazio dentro do meu peito, sufocando lentamente, nada corre bem.
A vida vai lenta e a tristeza é mais que evidente. Não consigo estar contente, há sempre algo que me perturba, destabiliza o meu "eu" interior, aquele que se reserva na mais profunda sombra.
Estou cansada, sinto o meu corpo a desfalecer dia após dia, sem que consiga fazer algo para o evitar.
Preciso de me afastar, romper todas as amarras que me prendem e me impedem de caminhar livremente em meus actos e pensamentos.
Sinto-me ridicularizada, um ser pequenino do qual todos fazem troça, humilham, pisam, e ainda pedem favores.
Não sou louca ao pensar assim, vejo o que os outros não querem ver, sinto o que os outros deveriam sentir...Neste mar de imensos sentimentos, revoltas e frustações, encontro-me a remar contra a maré.
Estou sozinha, talvez seja esse o meu destino, não é bom, não é mau, é o que posso ter...o primeiro passo talvez seja aceitar, o segundo encarar de frente e por último o saber viver com...comigo mesma.
Deixei de ser o que fui à muito tempo atrás, já tive tantas mudanças que já nem sei quem sou, ou se até existo.
Amizades, Amores, tudo isso ficou para trás, nada me prende neste mundo, nada me tráz alegria, nada me pertence.
Sei apenas que estou viva, sonho, sonho muito, o resto é para quem merece e eu não tenho sido contemplada.
Estou cansada de ser a má da fita, de ser colocada de parte, de ser infeliz. Prefiro morrer a viver assim!
20.Março.2009
Cristina Espalha
(10º ENAJ)
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