Sinto saudade dos momentos de meninice, da minha casa, da minha pacata vida, tão modesta e simples, desde o ladrar do meu cão, o chilrear dos pássaros pela manhã no parapeito da minha janela do quarto, a música dos meus vizinhos a entrar pelos meus ouvidos apenas calibrados pelo silêncio da noite, a minha mãe a perguntar-me se vou almoçar/jantar ou não, até do meu irmão a passar por mim e ignorar-me, até disso tenho saudades.
Parece absurdo, mas não é!
É incrível como as mais pequenas coisas e gestos, que em nada têm importância no nosso dia-a-dia, tomam forma e ganham o todo o seu valor quando estamos longe...e às vezes estamos tão perto, desde que o queiramos e sintamos necessidade de estarmos lá.
Nem sempre o ditado "o longe se faz perto" se aplica a todas as circunstâncias, mas cada minuto que passamos com a nossa família vale a pena, mesmo que estejamos só em silêncio, porque o importante é e sempre será - a nossa presença.
30.Janeiro.2010
Cristina Espalha
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